HISTÓRIA DOS USOS DO TUNGSTÊNIO

HISTÓRIA DOS USOS DO TUNGSTÊNIO

 

As descobertas relacionadas ao uso do tungstênio podem ser vagamente associadas a quatro áreas: química, aço e superligas, filamentos e carbonetos.

 1847: Sais de tungstênio são usados ​​para colorir algodão e para tornar à prova de fogo roupas utilizadas para fins teatrais e outros.

 1855: O processo Bessemer é inventado, permitindo a produção em massa de aço. Ao mesmo tempo, os primeiros aços de tungstênio são produzidos na Áustria.

 1895: Thomas Edison investigou a capacidade dos materiais de fluorescerem quando expostos a raios X e descobriu que o tungstato de cálcio era a substância mais eficaz.

 1900: O aço rápido, uma liga especial de aço e tungstênio, é apresentado na Exposição Universal de Paris. Ele mantém sua dureza em altas temperaturas, sendo perfeito para uso em ferramentas e usinagem.

 1903: Os filamentos em lâmpadas e bulbos incandescentes foram a primeira aplicação do tungstênio, aproveitando seu ponto de fusão extremamente alto e sua condutividade elétrica. O único problema? As primeiras tentativas revelaram que o tungstênio era muito quebradiço para uso em larga escala.

 1909: William Coolidge e sua equipe na General Electric, nos EUA, conseguem descobrir um processo que cria filamentos de tungstênio dúcteis por meio de tratamento térmico e trabalho mecânico adequados.

 1911: O processo Coolidge é comercializado e, em pouco tempo, as lâmpadas de tungstênio se espalham por todo o mundo, equipadas com fios de tungstênio dúctil.

 1913: A escassez de diamantes industriais na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial leva os pesquisadores a buscar uma alternativa aos moldes de diamante, usados ​​para trefilar fios.

 1914: “Alguns especialistas militares aliados acreditavam que a Alemanha ficaria sem munição em seis meses. Os Aliados logo descobriram que a Alemanha estava aumentando sua produção de munições e, por um tempo, havia superado a produção dos Aliados. Essa mudança se devia, em parte, ao uso de aço rápido de tungstênio e ferramentas de corte de tungstênio. Para grande surpresa dos britânicos, descobriu-se mais tarde que o tungstênio usado vinha, em grande parte, das minas da Cornualha.” – Do livro “TUNGSTÊNIO”, de K.C. Li, publicado em 1947.

 1923: Uma empresa alemã de lâmpadas elétricas registra uma patente para o carboneto de tungstênio, ou metal duro. Ele é produzido pela "cimentação" de grãos de monocarbeto de tungstênio (WC), extremamente duros, em uma matriz aglutinante de cobalto metálico resistente, por meio de sinterização em fase líquida.

 

O resultado mudou a história do tungstênio: um material que combina alta resistência, tenacidade e alta dureza. De fato, o carboneto de tungstênio é tão duro que o único material natural capaz de riscá-lo é o diamante. (O carboneto é o uso mais importante do tungstênio atualmente.)

 

Década de 1930: Surgiram novas aplicações para compostos de tungstênio na indústria petrolífera para o hidrotratamento de óleos brutos.

 1940: Inicia-se o desenvolvimento de superligas à base de ferro, níquel e cobalto, para suprir a necessidade de um material capaz de suportar as temperaturas incríveis dos motores a jato.

 1942: Durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães foram os primeiros a usar núcleo de carboneto de tungstênio em projéteis perfurantes de alta velocidade. Os tanques britânicos praticamente "derretiam" ao serem atingidos por esses projéteis de carboneto de tungstênio.

 1945: As vendas anuais de lâmpadas incandescentes nos EUA atingem 795 milhões de unidades por ano.

 Década de 1950: Nessa época, o tungstênio começou a ser adicionado às superligas para melhorar seu desempenho.

 Década de 1960: Surgiram novos catalisadores contendo compostos de tungstênio para tratar gases de escape na indústria petrolífera.

 1964: As melhorias na eficiência e na produção de lâmpadas incandescentes reduzem o custo de fornecimento de uma determinada quantidade de luz em trinta vezes, em comparação com o custo na época da introdução do sistema de iluminação de Edison.

 Ano 2000: Nessa época, eram produzidos cerca de 20 bilhões de metros de fio para lâmpadas por ano, um comprimento que corresponde a cerca de 50 vezes a distância entre a Terra e a Lua. A iluminação consumia entre 4% e 5% da produção total de tungstênio.

 

TUNGSTÊNIO HOJE

Atualmente, o carboneto de tungstênio é extremamente difundido, e suas aplicações incluem corte de metais, usinagem de madeira, plásticos, compósitos e cerâmicas macias, conformação sem cavacos (a quente e a frio), mineração, construção, perfuração de rochas, peças estruturais, peças de desgaste e componentes militares.

 

As ligas de aço-tungstênio também são utilizadas na produção de bocais de motores de foguete, que devem apresentar boas propriedades de resistência ao calor. Superligas contendo tungstênio são utilizadas em pás de turbina, peças resistentes ao desgaste e revestimentos.

 

No entanto, ao mesmo tempo, o reinado da lâmpada incandescente chegou ao fim após 132 anos, à medida que elas começam a ser gradualmente eliminadas nos EUA e no Canadá.

 


Data da publicação: 29/07/2021